Operação de combate ao tráfico de drogas tem desdobramentos em FW
Entre os itens permitidos pela policial estavam drogas, celulares, carregadores e chips
Publicado em 06 de setembro de 2024
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou uma operação nesta quinta-feira, 5 de setembro, após uma investigação focada em uma policial penal de 29 anos. A servidora é suspeita de envolvimento com tráfico de drogas e de facilitar a entrada de materiais proibidos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG). Entre os itens permitidos pela policial estavam drogas, celulares, carregadores e chips. A operação incluiu mandados de busca em Canoas, onde a suspeita reside, além de Guaíba, Porto Alegre, Frederico Westphalen e Palmitos, SC, onde a policial é sócia de uma empresa.

A investigação, conduzida pela promotora de Justiça Maristela Schneider, do 2° Núcleo Regional do GAECO, conta com o suporte da Corregedoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE), que instaurou um processo administrativo contra a servidora. Conforme a promotora, a policial negociava com duas detentas, uma delas líder de facção criminosa, que acumula 93 anos de condenação. As negociações ocorriam por WhatsApp, bilhetes e até por sinais corporais. Em uma das transações, a policial recebeu R$ 10 mil, além de outros pagamentos relacionados à franquia de sua empresa.

Durante uma revista na PEFG, realizada em agosto, foram apreendidos celulares, chips, drogas e outros materiais, na galeria onde uma das detentas envolvidas estava. Na data, a policial se ausentou do trabalho sem justificativa.

Conexão com homicídio em SC

A policial já tem uma condenação em primeira instância por tráfico de drogas, anterior à sua entrada na SUSEPE. Recentemente, uma arma de sua propriedade foi encontrada com um membro de facção catarinense, morto em confronto com a polícia em Chapecó. A arma não havia sido reportada como roubada ou extraviada.

Aumento suspeito nos gastos

O GAECO também identificou um aumento no padrão de vida da investigada, como uma viagem de cruzeiro e planos para assistir a um festival de música no Rio de Janeiro, o que não condiz com sua faixa salarial. Ela está sendo investigada por tráfico de drogas, corrupção ativa, prevaricação e associação para o tráfico.

A operação contou com o apoio da Brigada Militar e da SUSEPE, reforçando o combate à corrupção no sistema prisional e à entrada de materiais ilícitos.

 

 

 

Foto: Divulgação

Fonte: Com informações LA+
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