Ingresso de produtos lácteos e vinhos da União Européia preocupa produtores e indústrias
Acordo entre Mercosul e União Europeia prevê ingresso de vinho, queijo, leite em pó e manteiga europeia sem impostos
Publicado em 07 de dezembro de 2024
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O acordo entre a União Europeia e o Mercosul será tema de encontro, na próxima semana, entre o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O texto definido entre os dois blocos econômicos prevê que leite em pó, manteiga, queijo e vinhos produzidos na União Europeia podem ingressar no Brasil, e nos demais países do Mercosul, com isenção de impostos. A situação preocupa produtores gaúchos, que já enfrentam a concorrência de itens proveniente de Argentina e Uruguai, países integrantes do grupo sul-americano.

Se mantidas as regras atuais, será retirado 28% de imposto que hoje incide sobre o leite em pó e os 16% tributados sobre a manteiga e queijo importado. Por outro lado, pondera Palharini, haverá redução de preço para importar equipamentos que permitem modernizar a atividade, como robôs para ordenha. Tributado entre 15% e 25%, de acordo com o Sindilat, esse sistema custa, em média, R$ 1,3 milhão – o que limita a capacidade de compra para produtores de menor porte.

O sindicato buscará apoio, por exemplo, para que pecuaristas possam investir em animais de raça, que produzem mais leite e de melhor qualidade. Aprimorar o manejo do rebanho e a alimentação também estão entre os objetivos.
Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Consevitis-RS) tentará excluir a bebida do enquadramento do chamado Imposto do Pecado – que aumentará os preços de bebidas e cigarros, por exemplo. O presidente Luciano Rebellatto pretende solicitar o enquadramento do vinho brasileiro como complemento alimentar.

 

 

 

Foto: Web/Reproducão

Fonte: Correio do Povo
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