A forte estiagem registrada no Rio Grande do Sul em janeiro de 2025 contribuiu para uma redução expressiva nos casos de dengue no estado. O mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, depende de água parada para se reproduzir, o que torna períodos secos menos favoráveis à sua proliferação.
Segundo dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs-RS), o estado contabiliza pouco mais de 300 casos confirmados de dengue até o momento, um número muito inferior ao registrado no mesmo período de 2024, quando já havia mais de 16 mil casos confirmados. No ano passado, o Rio Grande do Sul enfrentou uma epidemia sem precedentes, com mais de 208 mil infecções e 281 óbitos.
Dengue na região do Médio Alto Uruguai
Os municípios da região também refletem essa queda nos números. Entre as cidades com maior incidência da doença neste início de ano estão Planalto, com oito casos confirmados, e Tenente Portela, com quatro.
Mesmo com a redução nos índices, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) mantém o alerta e reforça a importância da prevenção contínua. “A dengue é um problema de saúde pública de extrema relevância. A população deve eliminar possíveis criadouros e procurar atendimento médico ao primeiro sintoma da doença”, afirma Tani Ranieri, diretora do Cevs.
Principais medidas preventivas
- Manter caixas-d’água vedadas e protegidas com tela.
- Limpar calhas, ralos e bandejas de geladeira para evitar o acúmulo de água.
- Trocar a água dos animais e lavar os recipientes com frequência.
- Evitar o acúmulo de lixo e objetos que possam reter água, como pneus e garrafas.
- Tratar piscinas com cloro e limpar bromélias e outros vegetais que possam armazenar água.
A SES reforça que, apesar da queda nos casos, a dengue segue sendo um risco à saúde pública e exige um esforço conjunto entre população, gestores e profissionais de saúde para evitar um novo surto da doença.