A Emater/RS-Ascar divulgou, nesta quinta-feira, 7, a estimativa de aumento de 77,96% na produtividade (3.116 kg/ha) e 57,22% na produção (4,12 milhões de toneladas) de trigo no Estado, em relação ao ano anterior, apesar de uma redução de 12,20% na área total cultivada (1,32 milhão de ha).
O levantamento foi realizado pela Gerência de Planejamento da Instituição em 364 municípios na segunda quinzena de outubro e também analisou as safras de aveia branca, em 224 municípios; de canola, em 150; e de cevada, em 83.
A expectativa é de que produtividade da aveia branca aumente 52,80% (3.474 kg/ha) e a produção, 50,39% (878.166 t); mesmo com redução de 2,74% na área cultivada (354.987 ha).
Já a canola deve ter um grande crescimento na área (151.785 ha) e produção (251.404 t), de 96,06% e 120,92%, respectivamente, em relação à safra passada. E 12,37% de aumento na produtividade (1.656 kg/ha)
Para a cevada, a previsão é de 74,95% de aumento na produtividade (3.432 kg/ha) e 49,15% na produção (118.014 t), mesmo com redução de 15,47% na área cultivada (34.399 ha).
A atividade de colheita foi intensa na última semana, praticamente sem interrupções, levando até a adoção de turnos diferenciados nas unidades armazenadoras para receber os grãos. A área colhida chega a 64% das lavouras, outros 33% estão em maturação e 3% em enchimento de grãos.
Observa-se grande variação de produtividade entre as diferentes regiões do Estado. De modo geral, apresentam melhor potencial os cultivos no Alto Botucaraí, no Planalto e Campos de Cima da Serra. Porém, mesmo dentro da mesma região, há variações por uma combinação de fatores, como condições climáticas, cultivares, rotação de culturas, época de semeadura e tecnologia aplicada. Se a produtividade está próxima à esperada em termos estaduais, o mesmo não ocorre em relação à qualidade, que foi afetada em uma parcela significativa de lavouras, gerando consequências na comercialização e nos resultados econômicos da safra.
Devido à oscilação no padrão dos grãos colhidos, parte dos produtores enfrentam dificuldades operacionais para a comercialização, uma vez que as cerealistas precisam segregar lotes de diferentes qualidades.
Os produtos muito abaixo das especificações (triguilho) são armazenados na propriedade para alimentação animal. No entanto, algumas cerealistas e cooperativas recebem esse trigo de menor qualidade, destinando-o como matéria-prima para as fábricas de ração.
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