Seis meses após a implantação das câmeras corporais na Brigada Militar de Porto Alegre, os resultados são considerados positivos pelas autoridades de segurança pública do Estado. Desde setembro de 2024, 910 equipamentos foram incorporados ao efetivo da capital, gerando impactos significativos na transparência das ações policiais e na redução de crimes.
Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) apontam que, no 9º Batalhão de Polícia Militar, pioneiro no uso dos dispositivos, houve queda de 77% nos casos de desacato e de 76,5% nas ocorrências de resistência. Além disso, o número de sindicâncias instauradas para apurar irregularidades entre os agentes caiu 41,7%, enquanto os procedimentos administrativos disciplinares registraram uma redução de 41,9%.
Tecnologia para fortalecer a segurança
As câmeras são fixadas nos uniformes dos policiais e contam com bateria de longa duração, garantindo captação contínua das imagens durante todo o turno de serviço. Em baixa resolução e sem áudio, a gravação ocorre de forma ininterrupta, mas, em caso de ocorrência, o policial pode acionar um botão para que o registro passe a ser feito em alta qualidade, com som e transmissão em tempo real para a sala de operações.
A medida busca garantir maior transparência e preservar tanto os agentes quanto a população, além de servir como ferramenta para análise e investigação de ações que envolvam a conduta policial.
Redução da criminalidade
A implementação das câmeras corporais também integra as estratégias do RS Seguro, programa de segurança pública do governo estadual, que completou seis anos em 2025. A iniciativa tem contribuído para a redução dos crimes contra o patrimônio, incluindo queda de 40% nos roubos a pedestres e de 24% nos roubos de veículos na comparação entre fevereiro de 2024 e o mesmo período deste ano.
Os avanços nos índices reforçam a importância da tecnologia como aliada na segurança pública, garantindo mais eficiência no combate ao crime e na fiscalização da atuação policial no Rio Grande do Sul.