Lideranças da região buscam integrar o RS à Nova Ferroeste
Encontro em Nonoai vai discutir a importância estratégica de ligação direta das cadeias produtivas
Publicado em 09 de fevereiro de 2024
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Um projeto grandioso e que busca a redução do custo logístico em comparação com o frete rodoviário, a Nova Ferroeste é o projeto do Governo do Paraná de uma estrada interestadual, que visa a ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, trecho de pouco mais de 200 quilômetros, em operação entre Guarapuava e Cascavel. O novo traçado, com 1.567 quilômetros, vai ligar os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá (PR), além de criar um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel e entre Chapecó e Cascavel. Quando a ferrovia estiver concluída, este será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do país.

A Nova Ferroeste aumenta de maneira exponencial a participação do modal ferroviário no Paraná, ligando o Estado ao Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e aproximando os trilhos do Paraguai e da Argentina. Dados do EVTEA indicam a redução do custo logístico em cerca de 28% em comparação com o frete rodoviário. Essa economia gerada vai permitir a prática de preços mais competitivos no comércio exterior e a redução do produto final nas prateleiras do supermercado no Brasil.

De acordo com o diretor de Ferrovias da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Lenoir Broch, os estados do Sul serão os maiores beneficiados pela Nova Ferroeste. Broch estima que ainda em 2024 seja finalizado todo o estudo de viabilidade, e que na metade de 2025, já esteja tudo pronto para o lançamento do leilão.

– A ferrovia é extremamente importante para o desenvolvimento do país. Nós estamos falando assim da importância que tem a Nova Ferroeste para a região Sul como um todo. Obviamente, a grande parte da indústria de processamento de carne está localizada no oeste do Rio Grande do Sul, no sudoeste e oeste do Paraná, no noroeste e norte do Rio Grande do Sul também. Então, os estados do sul são os maiores beneficiados pela Nova Ferroeste. Mas ferrovia é uma necessidade, é um modal muito importante no transporte que precisa ser implementado no país –, disse Broch.

Estudo de viabilidade busca integrar o Rio Grande do Sul ao projeto
Há um movimento entre lideranças das regiões Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul, para que a ferrovia passe pelo Estado, ligando Chapecó a Passo Fundo. Nesta quinta-feira, 8, será realizado o Simpósio de logística e integração do Rio Grande do Sul à Nova Ferroeste. O objetivo do encontro é discutir e promover a importância estratégica de ligação direta das cadeias produtivas ao menor custo logístico. O evento iniciará às 19h no Clube Recreativo Nonoaiense, em Nonoai.

A programação conta com um painel de exposição sobre a Nova Ferroeste e a assinatura do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA). Para garantir a participação de todos, o Simpósio será transmitido de forma híbrida. 

De acordo com a prefeita de Nonoai, Adriane Perin de Oliveira, o total necessário para custear o estudo é cerca de R$ 500 mil. Até o momento já foram arrecadados R$ 300 mil com apoio da iniciativa privada. Além disso, o senador Luis Carlos Heinze, por meio de emenda parlamentar, destinou mais R$ 200 mil para a demanda.

– Ferrovia é um assunto que todos sabemos da sua importância desde muito antes de nós. Iniciativas surgiram para alavancar esse modal ferroviário em nossa região, reduzir custos logísticos e aumentar a competitividade do setor, seja agricultura no grão, na proteína animal, na indústria, no comércio. E eu sempre tenho dito que a vocação do Brasil, do nosso Estado e especialmente na nossa grande região, é produzir alimentos. E nosso maior desafio é reduzir custos, é dar competitividade ao mercado. Foi aí que articulamos para viabilizar o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, para ver a viabilidade do trecho que conectará o Rio Grande do Sul, ligando Chapecó a Passo Fundo –, destacou Adriane.

 

 

Foto: Divulgação/Web

Fonte: Com informações LA+
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